sábado, 15 de janeiro de 2011

Vestido de chita

Quem me dera
Ser mulher de pescador
Com um vestido no corpo e outro a lavar.
Preocupação nenhuma
O sustendo viria do outro.
Shopping, celular, internet
Seria coisa de televisão.
Diversão
Crianças brincando,
Manhãs de sol,
Noites com lua clara.
Novela da Globo, mexicana
Qualquer uma desde que não se entendesse bem o final.
Sabedoria
Passar, lavar e cozinhar somente
Um bordado com avesso mal feito.
Vida
Nem precisaria ser longa
O suficiente para deixar os filhos criados.
Quem me dera.

domingo, 4 de julho de 2010

preciosa

Assisti hoje esse filme...Fico pensando o quanto de gente vive essa realidade cruel.
Pessoas que tem atitudes animalescas diariamente. Não refletem o pq sente, quando sente, o que é certo fazer diante de um sentimento, simplesmente vivem com a emoção primária atrás dos olhos.
Não tem diferença entre o certo e o errado pq não param para pensar em nada.
Vejo caracteristicas que lhes são comuns, como:
Vivem no ócio, casas sujas e escuras, não cuidam da saúde, pelo contrário comem toda porcaria do mundo, fumam, bebem, se drogam,quando não são proíbidas são receitadas por médicos,adoram sofrer, fazer os outros sofrerem.
No filme a mãe que deveria proteger, culpa a filha e o absurdo que tudo começa quando a menina tem apenas 3 anos. O pai é um doente, a mãe se mostra também doente e que salvação pode ter uma menina sozinha no mundo? Muita proteção para não repertir erros.
De quem é a culpa, alguns adoram tirar o pesso dessa palavra...Vamos substituí-la por responsabilidade. De que então é a responsabilidade? Ser doente é muito cômodo, alguns não procuram a cura e nem aceita quando lhe bate a porta.
O incômodo, o sofrimento, mostram que algo não está bem, então é procurar a cura para tudo isso, mas é bem trabalhoso e aí é que mora o comodismo...E todos tentam achar o pq, uns culpam Deus, outros os pais, outros o destino, outros o governo, outros os filhos e por aí vão sem fazer o que realmente tem que fazer.
Mas voltando ao filme, acho que ela deu chance de buscar a cura, pelo menos enquanto estiver viva e assim dando a chance de um mundo mais digno para os filhos. Um belo filme!

domingo, 23 de maio de 2010

Gosto...

...Por onde quer que eu vá
Levo você no olhar...

domingo, 16 de maio de 2010

Hoje tem marmelada?

Hoje tem marmelada?
O circo!
Não iria ao circo se não fosse para levar minhas filhas...
Agradeço por não ter mais os animais, tenho medo que a trapezista caia, fico com pena quando vejo lona furada, não dou risada com os palhaços, enfim, não sou a pessoa mais indicada para esse espetáculo.
Mas voltando a infância, o circo era anunciado pelo palhaço com perna de pau. Ele saia pelas ruas gritando: - Hoje tem marmelada? E várias crianças respondiam: - Tem sim Senhor! E assim já começava junto com a expectativa o divertimento.
Minha mãe conta que eu tinha 3 anos e teve um concurso desse de dança, onde chamava moças para dançar no picadeiro. Insisti para que me deixasse participar e claro que a resposta foi não! Pois era para moças!
Quando viu eu já estava no meio delas dançando. O apresentador achou muito bonitinho de minha parte e fingiu que ganhei o concurso, com todos gritando meu nome e com direito a brinquedo de brinde.
Fico me perguntando onde foi parar a menina que dançou no picadeiro mesmo sem a permissão da mãe. Combina com a mulher que começa falando da sua visão de circo?
Qual foi a linha tênue, o momento certo que perdi a confiança na trapezista mais bonita do mundo, com sua roupa que brilhava mais que o céu? Quando foi que minha gargalhada fácil se tornou um sorriso amarelo diante do palhaço? Não consigo me lembrar.
Mas quando vi minha pequena Laura com os olhos brilhando para a trapezista, rindo dos palhaços, comendo pipoca, algodão doce gigante, bolinha com elástico, batendo palmas com a platéia, com o sorriso maior do mundo, feliz, simplesmente feliz.
Tudo ficou muito colorido p/ mim. Saí do circo feliz, tão quanto quando criança. Porque ser mãe é isso, por mais incrível que pareça, se os filhos estão felizes, também estamos!
No final todos receberam os aplausos e o dono do circo disse que enquanto existir crianças no mundo existirá um circo. Que o maior espetáculo da terra tem que continuar... E eu te pergunto?
- HOJE TEM MARMELADA?

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Vó Geraldina e o Galo da espora de ouro.

Vó Geraldina e o Galo da espora de ouro.

A história que vou contar agora, aconteceu quando minha avó Geraldina era apenas uma mocinha. Mocinha brava e essa é uma característica que está presente até hoje. Não encaro como um defeito, pois com pessoas assim, espantam as que não tem boa intenção .
Morava em um sítio, onde também morava um galo, que possuia um galinheiro, com muitas galinhas. Só que o saudoso ficava solto pelo sítio. Então tentando pensar com a cabeça de um galo (se é que consigo), tudo lá pertencia a ele.
Era um galo bonito, com enormes esporas que quase cintilavam ao sol. Bravo tanto quanto a minha avó. Valente e não temia o inimigo, ou melhor, qualquer rival.
O cotidiano de trabalho no sítio acontecia assim:
Pegar água na bica com uso de baldes.
Varrer todo o quintal e a casa com vassouras feitas em casa.
Pegar madeira para o fogão.
Ir para a roça, plantar, limpar o terreno e colher.
Separar a colheita e deixar em três montes.
Fazer o café matinal, almoço e jantar.
Socar o café, milho e o arroz.
E acredito que tinha mais coisas, só que minha memória está no que ela me conta.
Quando minha avó ou qualquer membro da família passava pelo galo soberbo, ele não tinha dúvidas, metia a espora!
Conta que era um galo tinhoso, que pensava e calculava seus golpes. Esperava a volta das meninas, onde estavam com o balde no ombro, com o peso da água, então atacava sem dó.
Muitas vezes minha avó, vinha já com um bagaço de cana dobrado ao meio e sua resposta as esporas era quase a altura.
Um dia comum, ela socava o arroz e observava que o galo deixava minha bisavó na mira. Sim, pensando qual seria seu melhor ataque do dia. E não deu outra, esporada na perna da bisa que tirou sangue. Minha avó se aproximou e a esporada veio também no seu braço, que também tirou sangue. A revolta da minha avó foi tanta que pegou uma vara e saiu atrás do galo. Subiram morro, desceram morro, correram os quatro cantos do sítio e essa corrida maluca teve duração de uma hora. Até que o galo se deu por vencido e entrou para seu galinheiro julgando estar seguro em seu doce lar. Engano total, pegou o bicho que já estava de bico aberto de tanto correr e bateu, esfregou o bico no seu sangue que escorria do braço, deu vários tapas na cara do bicho e enfim a luta corporal parou antes que isso acarretasse em morte.
Desde esse dia o bicho tomou jeito, pelo menos perto da minha avó. Quando amanhecia cantava bonito, mas bastava minha avó colocar a cara p/ fora da porta que o canto vira grito e o coitado saia correndo e se escondia durante um bom tempo.
E assim a rotina de trabalho do galo acontecia assim:
Cantar pela manhã.
Gritar e fugir da minha avó.
Cuidar do seu galinheiro.
Procriar.
Cantar no almoço e no fim do dia.

ESPORA
O galo conta com esporas, uma espécie de unha localizada na parte posterior das patas. Elas são usadas como arma de ataque, durante, por exemplo, a disputa por uma fêmea

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Coisas de Milena

Minha filha Milena, estava brincando no meu quarto enquanto eu assistia tv. Então comecei a olhar p/ ela e admirar a beleza que é uma menina brincando sem se preocupar com nada, somente com o que a imaginação permite.
Fiquei muito tempo observando e me veio aquela gratidão que somente as mães podem ter, aquela mesmo de admirar a cria, que faz com que o filho a seus olhos seja o mais belo, o mais inteligênte, o mais especial, e que dentro de cada mãe isso é o mais próximo do real. Então ela olhou p/ mim e perguntou: - Por que está me olhando? Respondi: - Porque vc é linda! Então ela sorriu e respondeu que eu também era linda. Perguntei novamente, para reforçar meu ego, vindo dela soava como a frase mais gostosa no momento. Então respondeu que eu era linda, mas com uma cara de que não tinha bem certeza do que afirmava. Perguntei então o que ela achava de mais bonito em mim, e sem pensar em nada respondeu: - Seu colar! :)

domingo, 2 de maio de 2010

Minha família minha vida!



Reencontrei meu marido em 2003, éramos amigos desde 1994...Estava em processo de limpeza, usando florais brasileiros e é claro que nos encontramos na hora certa e no lugar certo :) Como sou uma pessoa que não deixo a oportunidade fugir pela janela, assim que bateu em minha porta, abri. Nos casamos em 19/12/2004 :). Temos duas filhas, espertas, inteligêntes, cheias de vida. Temos também uma cachorra e um jardim :). Parece sonho? Mas primeiro precisei sonhar com tudo isso, e então o universo me proporcionou o que pedi!
Meu dia é sempre muito cheio de coisas p/ fazer, acho que precisaria ser 4 para dar conta de tudo que já é normal para uma mãe, dona de casa, esposa, professora e o que procuro com minhas próprias mãos :)
No momento pinto canecas de porcelana, vidros e cartões artísticos, sim isso tudo quando dá :) Quando? Depois que as meninas dormem, de domingo pela manhã quando vão para escola dominical, quando estão verdadeiramente concentradas nas brincadeira e assim meu artesanato me dá um dinheiro extra.
O que mais agradeço a Deus é pelo privilégio de ter uma família, cheia de vida, que tem coisas p/ resolver como outra qualquer, mas que p/ mim é a mais importante, pq é a minha...